Edil Albuquerque (PMDB) confirma que ele é o indicado como suplente do vice-governador Murilo Zauith (DEM) em sua disputa ao Senado em 2010. O anúncio do ex-vice-prefeito de Campo Grande foi há pouco, em evento no gabinete do prefeito Nelson Trad Filho (PMDB).
O último episódio da novela “Procura-se um suplente para Murilo” deve ser nesse domingo (23). Conforme Edil, amanhã, ele, Murilo, Nelsinho e o governador André Puccinelli (PMDB) se reunirão para oficializar seu nome.
“Ainda não sei o horário, mas, o governador vai ligar para mim avisando. Estou preparado para assumir esta função”, conta Edil.
Ex-presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador por diversos mandatos e ex-secretário municipal de Desenvolvimento, Edil conta que esta experiência deve auxiliá-lo a impulsionar a candidatura de Murilo. “Por ter sido vereador, consegui agregar mais pessoas. É um trabalho mais próximo das pessoas. Quando fui secretário, pude ver o que a população precisa para crescer. Isso dá condições para ajudar ao trabalho de Murilo.”
Ele comenta também que por ser de Campo Grande, a candidatura de Murilo ganha mais sustentabilidade. “Ele é muito forte em Dourados e na região e eu sou mais conhecido aqui. Isso dá mais força”, comenta.
Ao deixar a posição de secretário e vice-prefeito, Edil se colocou a disposição do PMDB para o feitio de aliança visando às eleições. Diz que André primeiro o solicitou para que se candidatasse a deputado estadual. Todavia, com as inúmeras insistências e dúvidas impostas por Murilo, acabou sendo cogitado para a posição de suplente.
Pelo visto, André não gostou. Na Expo-MS 2010, nessa sexta, o governador comentou o caso: “Edil, se for procurar no dicionário Aurélio, quer dizer vereador.”
Novela
Batizada de “novela” até pelos colegas de Democratas, a indecisão de Murilo sobre sua suplência teve inúmeras passagens pitorescas. Receoso com o fato possível de André preferir o peemedebista Waldemir Moka ao Senado e lhe dar mais condições no pleito desse ano, Murilo começou a solicitar provas de que o espaço na chapa majoritária seria igual entre eles.
Primeiro, ele pediu mais espaço. Depois, que o suplente fosse indicado por André como prova de confiança. Depois, ele pediu um dentre dois nomes que achou possível: os então secretários de Estado Carlos Marun (Habitação e Cidades) ou Edson Giroto (Transporte).
André negou o pedido. Marun (PMDB) voltou para a Assembleia Legislativa para tentar reeleição e Giroto (PR) saiu da secretaria para tentar ser deputado federal.
Murilo então voltou seus olhos para Campo Grande. Quis porque quis um nome da Capital. Procurou Nelsinho e a primeira-dama Antonieta Trad. Ela, segundo ele, teria aceitado o papel. Todavia, Antonieta já havia assumido compromisso com Moka – inclusive, sendo motivo de discussão com o candidato adversário de Moka nas prévias peemedebistas, Valter Pereira, que a acusou de coação a servidores públicos.
Então, Antonieta não aceitou o convite. Murilo, desapontado, conversou com André, que passou a missão de encontrar um suplente a Nelsinho.
Nesse ínterim, Murilo voltou a solicitar um nome. Desta vez, o do deputado federal Nelson Trad, pai de Nelsinho. Com problemas de saúde, o parlamentar informou que pretende deixar a política em 2011.
Edil e outro nome – que não divulgou – foram os novos apontados por Murilo.
Amanhã, a novela deve findar.
Por: Marcelo Eduardo e Eduardo Penedo – (www.capitalnews.com.br)